
A finalidade deste texto é trazer reflexões e clareza para você leitor, não ser prejudicado, na busca de informações na internet, que na sua maioria são fragmentadas por diferentes veículos de comunicação e diferentes interesses ideológicos. O tema é sério, mas parece ser levado na brincadeira por alguns veículos que tratam o tema de maneira leviana ou alguns jornalistas que destratam pelo simples prazer em descontruir a imagem do outro e não para informar o leitor de forma responsável. Falo isso, levando em consideração que alguns editores não estejam fazendo bem o seu trabalho ao checar o que os seus pupilos estão publicando.
O Brasil já sofria uma epidemia de ansiedade e depressão antes da chegada da pandemia da COVID-19. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população/ esses números podem ser atualizados) convivem com o transtorno. Essa informação foi coletada antes da pandemia do COVID-19. Agora, imagina-se que após todos esses problemas de saúde pública, esse número chegue a dobrar ou triplicar.
Então, fui atrás de informações, busquei por artigos, pesquisas e notícias da própria imprensa. Confesso que fiquei perplexa com o que encontrei em diversos sites, afirmando o aumento da depressão, ansiedade e até sobre o número de suicídio (que embora eu acredito que não seja o real) devido todo o quadro grave da pandemia, problemas na saúde pública que não é de hoje, hospitais despreparados e colapsados até mesmo para o atendimento do dia-a-dia, empresas fechadas, o que gerou desemprego, desestabilidade emocional, financeira, mulheres e crianças dentro de casa com seus agressores, famílias divididas, separadas para se manter a distância, políticos desviando os milhões direcionados ao combate a pandemia e ainda assim, encontrei uma matéria no site da BBC e compartilhado no UOL que de maneira NEGACIONISTA (palavra da moda que quer dizer – Negacionismo é a escolha de negar a realidade como forma de escapar de uma verdade desconfortável), o jornalista aplicou ali a narrativa falaciosa embasada na “ciência do engano”, a infodemia, afirmando com total certeza que a pandemia, lockdown, ficar dentro de casa sem alimento, sem dinheiro, desempregado não colaborou em nada nesse aumento de ansiosos e depressivos. O texto do começo ao fim é uma total desinformação, e o pior, com a fala de um ou dois médicos que dizem não ter aumentado os casos. O meu questionamento é o seguinte – como um ou dois, ou mesmo três médicos podem afirmar e responder por uma classe médica inteira, como a sua verdade sendo a única?
E mais, o jornalista compara a situação do Brasil com outros países, falando da certeza do lockdown como medida eficaz ao combate a pandemia, entre outras afirmações falaciosas, sem a tão falada “comprovação científica”. Eles repetem inúmeras vezes o nome do presidente da República atual e demonstram o quanto eles trabalham na desconstrução da informação idônea, sem nenhum pudor.
Com manchetes que confundem o leitor, desinformam aqueles que não estão atentos ao que eles mesmos se contradizem.
Publicado em 27/03/2021 no site da BBC e compartilhado no UOL
Fonte – https://www.bbc.com/portuguese/internacional-56491463
Infelizmente, os números de suicídios pelo Brasil e no mundo são altos, e isso é abafado pela imprensa, saúde pública e políticos.
Li em um site internacional, onde eles falam que o Brasil não da devida importância para a saúde pública de transtornos mentais e emocionais e que somos o 5º em ansiedade e depressão. A própria OMS afirma que somos o 5º pais de ansiosos.

Ao mesmo tempo que a BBC e o Uol NEGAM que a ansiedade, depressão e o suicídio tenha aumentado durante a pandemia. No site da OMS, assim como da FioCruz e da Universidade Federal de MG eu li uma reportagem onde eles afirmam que houve aumentou, ou melhor eclodiu a situação.
“A pesquisadora mencionou que a OMS (Organização Mundial da Saúde) já aponta aumento dos índices de suicídio, depressão, preocupação, medo, ansiedade, da violência doméstica, fragilidade das redes de proteção e uso abusivo de álcool e outras drogas. “É a constatação de que há uma dor presente em todas essas situações que vêm sendo presenciadas, até mesmo a ausência de sociabilidade”, completou.
Para quem quiser procurar e ler na integra, segue o link – https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/depressao-ansiedade-e-estresse-aumentam-durante-a-pandemia/
Será que ambas as instituições estão mentindo? Será que o tão falado negacionismo é mesmo deste governo?
O mesmo ocorre no site da Universidade Federal de Juiz de Fora que publicou material falando do aumento da depressão –
No Brasil, cerca de 12 mil pessoas tiram a própria vida por ano, quase 6% da população. No mundo, são cerca de 800 mil de suicídios anuais. O Brasil só perde para os EUA. Não por acaso, desde 2003, o dia 10 de setembro foi escolhido como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
Busque por ajuda – Exercícios e terapia online
Como já tem sido dito muitas vezes durante esse período de pandemia, o exercício físico é um excelente “medicamento” para o bem-estar. “Temos já conhecimento científico por meio de inúmeras pesquisas que revelaram que a atividade física libera dopamina e endorfina, que são dois hormônios importantes ligados ao humor, emoção e sensação de bem-estar e prazer. Uma simples caminhada, duas a três vezes por semana por 40 minutos já traz benefícios significativos que combatem depressão, ansiedade, insônia e outras doenças”, reforça o psicólogo.
Já a terapia online, que antes da pandemia era algo pouco comum, se tornou importantíssima para lidar com as pressões e medos deste momento. “Com certeza que a terapia sempre será um caminho de saída. É triste notar que ainda haja resistência e preconceito das pessoas procurarem ajuda profissional para lidar com suas aflições, angústias e crises”, explica ele.
“Não podemos esquecer que a terapia é um recurso para o autodesenvolvimento em prol do equilíbrio e da saúde, que por hipótese deveria ser usada como um caminho profilático, isto é, uma ferramenta para nos tornar resilientes e, por conseguinte, para evitar o adoecimento da alma”
* O Centro de Valorização da Vida (CVV) dá apoio emocional e preventivo ao suicídio. Se você está em busca de ajuda, ligue para 188 (número gratuito) ou acesse www.cvv.org.br.